Dose Dupla: E se fosse verdade?



Tag nova no pedaço, galera!
Vou explicar um pouquinho dela, okay?
O mundo das telonas está cheio de adaptações literárias. Tem aquelas que a gente gosta mais do que o livro, outras que nem tanto... Tem algumas que ficam no mesmo nível do livro e etc, né? A tag Dose Dupla foi criada para, além de trazer a resenha do livro, fazer comparações com a adaptação no cinema. Gostaram?
Então, para estrear a tag, trouxe a resenha de um livro que eu nem sabia que existia: E Se Fosse Verdade, do Marc Levy.

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E Se Fosse Verdade
Marc Levy - 256 páginas - Bertrand Brasil
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Muita gente já deve conhecer o roteiro fantasmagórico de Lauren e Arthur na versão das telonas, e não saber ou não se interessar pela verdadeira estória que surgiu pelas mãos e mente de Marc Levy. Vou simplificar bastante pra vocês: não sabem o que estão perdendo.

A escrita de E Se Fosse Verdade pode ser um pouco incômoda no início, devido aos diálogos meio bobos, mas vem recheada de pensamentos quase filosóficos sobre a vida, a perca de pessoas queridas e até sobre a morte. Um dos pontos altos do livro é a narrativa de algumas lembranças de Arthur sobre sua mãe, que embora presente no livro apenas indiretamente, cativa e envolve o leitor em um estilo de vida que dá vontade de adotar na mesma hora.

Vale enfatizar que livro e filme são obras tão diferentes, que podem ser tratadas como individuais. E isso é bem interessante, porque não tem aquilo de dizer que o livro é melhor que o filme, ou vice-e-versa. Recomendo que vejam o filme após lerem o filme, ou o contrário, e tirarem prova do que digo.

Entre situações singulares, constrangedoras, inspiradoras e românticas, Marc Levy apresenta o verdadeiro sentido da vida, amor e compaixão, através de uma leitura leve e, o mais importante, marcante.


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E se Fosse Verdade 2005
Just Like Heaven
Diretor: Mark Waters

David Abbott (Mark Ruffalo) alugou recentemente um belo apartamento em San Francisco. A última coisa que ele gostaria era dividi-lo com alguém, mas logo surge uma jovem bonita e controladora, chamada Elizabeth (Reese Whiterspoon), que insiste que o apartamento é seu. David imagina que houve um grande mal entendido, até Elizabeth simplesmente desaparece. Ele muda a fechadura de casa mas isto não impede que Elizabeth ressurja, sempre aparecendo e sumindo como se fosse em um passe de mágica. David fica então convencido de que Elizabeth é um fantasma e passa a tentar ajudá-la a passar para o "outro lado" do pós-vida. Só que ela está convencida de que também está viva e se recusa a fazer qualquer travessia.





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Livro x Filme

ATENÇÃO! Este item pode conter spoilers sobre filme e livro! Se você tem interesse em ler o livro, ou ainda não viu o filme, recomendo que pare de ler!

Livro: A Lauren ainda é uma estudante de medicina. Ela sofre o acidente, enquanto volta da casa dos pais para mais um dia de plantão no hospital. A irmã dela nem é citada, se ela tiver alguma. Lauren tem plena consciência de que está separada de seu corpo - que está em coma - e até vai visitá-lo algumas vezes no hospital. Arthur é um arquiteto que perde sua mãe muito cedo. Quando ele "descobre" Lauren, Arthur não procura ajuda de padres ou sensitivos para "expulsar" Lauren de seu apartamento. Ele se prontifica, imediatamente, a ajudá-la a voltar ao seu corpo. A cena do restaurante, quando Lauren se lembra que é uma médica nunca aconteceu no livro, mas o restaurante onde acontece, é o favorito deles. É, Arthur leva Lauren para comer lá frequentemente. Ele não tem vergonha de parecer louco na rua, falando sozinho e andando com o braço levantado, como se estivesse abraçando alguém. Aliás, ele literalmente sente Lauren. Até beija ela. Não o corpo dela, o espírito mesmo. E quanto ao corpo, ele consegue, sim, roubá-lo do hospital e passa dias com ele na casa de sua mãe, cuidando para mantê-lo funcionando, quando os médicos e a mãe de Lauren decidem desligar os aparelhos. Quando Lauren acorda do coma, Arthur a visita todos os dias, e quando consegue voltar a falar, ela diz que não o reconhece.



• Filme: Lauren é Elizabeth, uma médica residente que está de plantão, até que sua irmã exige que Elizabeth vá jantar com ela. É a caminho da casa de sua irmã que ela sofre o acidente. Elizabeth não se lembra de nada que aconteceu, e nem mesmo de quem ela é, do que faz. Só sabe - acho - que seu nome é esse, e que mora no apartamento que Arthur, ou David, no filme, supostamente invadira. Ele é um paisagista que perdeu sua esposa recentemente. David leva um tempo para se acostumar com a presença de Elizabeth, e até concordar em ajudá-la a se lembrar quem ela é. Quando encontra a irmã dela, e ela diz que vai desligar os aparelhos que mantêm o corpo de Elizabeth vivo, David pede ajuda a seu amigo, para sequestrar o corpo. É nesse ponto que ambos descobrem que Elizabeth se recusa a morrer, porque David é o assunto inacabado dela. Ele deveria conhecê-la na noite do acidente. David não consegue sequestrar o corpo, e quando está prestes a ser levado pelos policiais, beija Elizabeth - o corpo de Elizabeth. Ela acorda, mas não se lembra dele. Quando ela volta ao apartamento, e vê o jardim que David desenhou pra ela em sua cobertura, Elizabeth se lembra dele.

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Eu sei que exagerei nos spoilers, mas acho que grande parte já deve ter visto o filme, sim, que aliás é lindo. Fiquei imparcial quando terminei de ler o livro, porque ambos são tão carregados de emoções e verdadeiras lições, que não há como eu me posicionar 100% em um lado só. Minha recomendação é que procurem ler o livro, porque é lindo. O jeito como Levy o escrever, chega a ser poético. Garanto que não haverão arrependimentos.

É isso gente, o post já ficou bem grandinho, mas ainda dá pra dizer:

Super beijo!

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